Marilyn Manson é entrevistado pela revista Kerrang!


A nova edição da revista Kerrang! tem uma entrevista exclusiva com Marilyn Manson. Nesta entrevista o Manson fala sobre o Alt-Fest, 20 anos de Marilyn Manson, novas músicas e projetos recentes na indústria cinematográfica.

Sobre o tema da música, Marilyn Manson mantém os detalhes, mas compartilhou com a Kerrang! que a música é muito cinematográfica que vai de dentro de sua voz. Ele também disse que tem alguns blues antigos misturados com elementos agressivos.


Você irá retornar ao Reino Unido este ano com Alt-Fest, O que você tem a dizer sobre você ter sido escolhido como o principal no sábado?

Manson: Bem, eu diria que você está certo. Eles me escolheram, e eu estarei lá. Um milhão de fãs gritando não pode estar errado.

Você já teve alguma idéia de como vai fazer desta vez?

Manson: Vai ser um pouco diferente do que eu já fiz antes. Eu quero fazer algo que me faz pensar que, da mesma forma quando eu fiz o meu primeiro show, eu fiz um flyer, não tinha nenhuma música escrita, e pensei: "O que é que eu vou fazer agora?" Estou animado para ver o que acontece. Vou dar ao povo o que eles querem, mas há uma diferença entre ser um chef e um garçom. Mas eu não sou de ir a um show e me sentar para ouvir um monte de músicas novas para um novo álbum que o artista está preparando.

Falando do mesmo, Você já trabalhou em algo novo?

Manson:  Tenho uma maneira muito produtiva com a música, filmes, arte e de lembrar como que é as coisas lá trás. As pessoas começam a levar a sério quando você fez mais do que um ou dois em seus registros de tempo. Eu tenho um senso de humor sobre mim, obviamente. Isso não significa que não levam a sério o que eu faço, mas não posso imaginar não ter esse senso de humor que de alguma forma é uma grande piada no mundo. E eu me divirto com isso.

O que você pode dizer sobre a música que você trabalha agora?

Manson: Há um considerável corpo de trabalho em que estou em processo de conclusão. É muito cinematográfico. O agricultor vai de mim para a minha voz, e blues misturado com elementos mais fortes. Eu quero manter o que eu acho que é bom do passado, a música que eu fiz e o que eu sou. Não se trata de raiva com o mundo - é sobre o reconhecimento de alguém que tem que foder as coisas. Se existe o caos, as coisas tornam-se linear. Deve haver sempre alguém que planeja destruir o jogo de todo mundo.

Esse é o seu trabalho? Você acha que o mundo está muito calmo agora?

Manson:  É muito previsível. Eu gosto de ser louco, imprevisível, eu gosto de fazer as pessoas pensarem que o pior pode acontecer sempre que vou a um restaurante, ou atuar em um filme. Eles estão sempre dizendo: "Porra, como ele vai arruinar isso?" E então eu apareço calmo fazendo o meu trabalho da maneira certa, mas à espera de uma perspectiva completa de um ponto de vista oposta de você.

Você mencionou que está trabalhando em vários projetos de filmes também ...

Manson: Absolutamente. Tenho vindo trabalhar com Roger Avary, diretor de cinema e escritor, em um documentário surreal de mim. Recentemente assisti a estréia do filme Wrong Cops, em que participo um pouco. É um filme hilário. Eu estou procurando uma maneira de começar o meu filme Phantasmagoria também. Eu sou inspirado por Roger, que está por trás das grandes cenas, como Pulp Fiction, True Romance e as regras da atração. Eu estava dirigindo e atuando também, mas Roger era algo que eu não poderia sair. Além disso, no outro dia eu chorei vendo o final da temporada de Sons Of Anarchy. No dia seguinte, recebi um telefonema da pessoa que criou o seriado e disse que iria encontra-ló na próxima temporada.

No topo de 2014 marca 20 anos desde que seu álbum de estréia foi lançado

Manson: Isso é o que você diz, como é que eu sei que é ? E se eu não acredito em horários?

Bem ... Então nós não iremos tão longe com isso. Qual é a sua visão do passado e você deseja ir mais longe?

Manson: A todos os lugares. Há uma grande diferença entre alguém que tem nada a perder e alguém que tem tudo a ganhar. Quando eu comecei, eu tinha tudo para ganhar, mas não é o mesmo que alguém que não se importa. Você sabe, alguém que pode dizer: "Eu não dou a mínima para o que os outros pensam." Essa é uma frase muito inadequada, acho que a frase melhor a ser usada -. "Há alguém sendo controlada pelo o que as pessoas pensam" Eu coloquei os meus pensamentos de uma determinada maneira, mas as pessoas vão pensar o que elas querem. Se eu deixar elas me controlarem, mudaria a forma de como eu faço as coisas. Eu procuro o fim do mundo. Basta olhar para torná-lo mais interessante.

O que mudou nos últimos 20 anos?

Manson: Acho que é difícil resistir a resposta dos quadrinhos "meu pênis é ampliado." Ele não cresceu muito, mas eu aprendi a decifrar as coisas consideradas erradas. Você não pode dar desculpas, ou mudar o passado. Isso não significa necessariamente mudar, mas mudar o seu futuro em algum grau. Eu poderia mudar o mundo, mas não poderei mudar a minha roupa íntima.

O que pode ser interpretado como um erro?

Manson: Tudo pode ser interpretado como um erro, depende de como você ver. Eu não quero fazer as coisas que me priva de ser tão feliz, ou que fere as pessoas que eu amo. Eu não quero fazer coisas pequenas e não quero fazer coisas que simplesmente não quero. A vida é muito curta.

Capa da revista Kerrang! que contém a entrevista do Manson (08/01/14)


Fonte: 1 | 2
Tradução: Marilyn Manson Rio de Janeiro